SAMPAIO – 200 ANOS: CORAGEM E DETERMINAÇÃO

27 junho 2010

O que o Brigadeiro ouvia?

Nessa postagem temos o objetivo de mostrar ao leitor o que ouviam as pessoas, incluindo Sampaio, na época em que ele viveu.

      O Romantismo Musical foi uma reação ao racionalismo e ao classicismo, opondo-se à universalidade dos clássicos o individualismo e o subjetivismo. No romantismo os compositores buscavam uma maior liberdade da forma e uma expressão mais intensa e vigorosa das emoções, freqüentemente revelando seus sentimentos mais profundos, inclusive seus sofrimentos, enquanto no Classicismo havia uma grande preocupação pelo equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade. Além da forte expressividade o período musical romântico caracterizou-se fortemente pela chamada música programática ou música descritiva. Neste aspecto o romantismo literário pode ser, inclusive, confundido com o musical. Muitos compositores românticos eram ávidos leitores e tinham grande interesse pelas outras artes, relacionando-se, também, com escritores e pintores. Como resultado disso, várias composições românticas tinham como fonte de inspiração um quadro visto ou um livro lido pelo compositor. Apesar do individualismo, da subjetividade e do desejo de expressar emoções, o músico respeita a forma e muitas das regras de composição herdadas do classicismo. Os principais tipos de canções populares brasileiras da época do Brigadeiro foram o Lundu e a Modinha. Também foi nessa época que entraram os primórdios do choro. Inicialmente o choro era uma maneira de tocar as danças européias em voga(valsa, mazurca, polca, habanera e schottisch).

Os principais compositores brasileiros românticos:


Franscisco Manuel da Silva


      Francisco Manuel da Silva nasceu no dia 21 de fevereiro de 1795 na cidade do Rio de Janeiro. Foi aluno do grande musico Padre José Maurício Nunes Garcia. Foi regente compositor e professor de música. Criou o Conservatório de Música. Faleceu no dia 18 de setembro de 1865, no Rio de Janeiro. Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbí, Rio de Janeiro.
Sua principal composição é o Hino Nacional Brasileiro.



Chiquinha Gonzaga

      Franscisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, nascida no Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847. Foi a primeira pianista de choro e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público, há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha. Chiquinha Gonzaga foi educada numa família de preensões aristocráticas. Desde cedo freqüentava rodas de lundu, umbigada e outras músicas populares típicas dos escravos. Aos 16 anos casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, que a deu ordens para que não se envolvesse com a música e separou-se.
Após a separação tocou piano em lojas de instrumentos musicais.Deu aulas de piano e obteve grande sucesso,tornando-se também compositora de polcas, valsas, tangos e cançonetas. Ao mesmo tempo uniu-se a um grupo de músicos de choro. Suas principais composições são: Atraente, Corta Jaca, Não venhas, Annita, Ô abre alas e Forrobodó.



Ernesto Nazareth

      Nascido em 20 de março de 1863, foi pianista, compositor de tangos brasileiros e demarcador de rumos para o choro. Faleceu no dia 4 de fevereiro de 1934. Suas principais composições são: Odeon, Brejeiro.


Carlos Gomes


     Em 11 de julho de 1836 nasce Carlos Gomes. Durante a adolescência compôs várias músicas. Gomes foi quem iniciou um processo de nacionalização na música de ópera. Começou a compor óperas com temáticas brasileiras, porém sem utilizar elementos da música do brasil, como fez posteriormente Villa-Lobos, sendo as letras de suas óperas em italiano ainda. Em 1896 já muito doente, chega ao Pará em abril. Falece em 16 de setembro. Suas principais obras são: O Guarani, O Escravo.

Fontes:


Por Manoela Astolfi